Pensamento Giratório: bate-papo sobre o espetáculo “Abian”
Nome do grupo/Cia/Artista: Diego Alcântara e Filipe Mimoso
Cidade-UF de origem: Salvador – Bahia
Mediação: Prof. Dr. Aguinaldo Moreira de Souza (UEL) – Paraná
Momento para reflexão e discussão aberta ao público que conta com a participação de grupos do Palco Giratório e de um convidado especial para uma mesa-redonda. Esse Pensamento Giratório será em cima do trabalho “Abian”, com mediação do ator, diretor de teatro, professor e pesquisador Aguinaldo Moreira de Souza (SP).
“Abian” – Ngàbyí = abençoado e Yìán = O escolhido, é um vídeo arte/web espetáculo em 360º, dirigido por Mayara Ferrão, com texto e performance de Diego Mavamba, direção musical de Filipe Mimoso e produção executiva de Ismael Fagundes, produzido em 2021 pelo estúdio criativo e selo musical Gana. O espetáculo busca desmistificar traumas dos corpos negros entre os discursos dos mitos pessoais, dos percursos pré-iniciáticos a partir da cosmologia afro-brasileira e das narrativas cotidianas desprogramadas. O bate-papo será sobre o processo do espetáculo.
Diego Alcantara é diretor cênico, performer e roteirista. Cursou moda e se graduou em Artes Cênicas pela UFBA. Integrou o Grupo de Teatro Base. Entre 2013 e 2015, desenvolveu os trabalhos: Oroboro, A bunda de Simone e Mamba Negra – Além de oficinas, imersões, intercâmbios e residências. Trabalhou com alguns dinamizadores culturais como Daniel Guerra em História sob Rocha. Participou de algumas edições do Fiac – Festival Internacional de Artes Cênicas. Sua trajetória está vinculada às artes integradas, criando conexões interdisciplinares no seu trabalho, entre as visualidades da cena, a presença, a identidade, gênero e raça. Tenta recriar um olhar estético discursivo na sua investigação – a espiral dos mitos ancestrais e pessoais. Em abril de 2018 estreou a primeira obra de artes cênicas em yorubá no Brasil, o Oriki – Quaseilhas – com direção de Diego Araúja.
Filipe Mimoso é compositor, produtor/diretor musical e beatmaker. Estudante de Composição e Regência na UFBA, sua produção artística é resultante de diversos elementos e fontes diferentes, manipulação de samples, colagens musicais, instrumentos orgânicos e digitais que atuam na construção de paisagens sonoras. Com experiência em teatro, direção musical, produção musical, já colaborou e produziu com o Ilê Aiyê, Márcio Meirelles, compôs a trilha e dirigiu musicalmente o espetáculo solo de Diego Alcântara “Mamba Negra, O Covil da Imperatriz Mavambo”, o musical “Madame Satã” e o espetáculo teatral/performático Afronte/Akulobee, NAU, dirigidos cenicamente por Thiago Romero e Daniel Arcades.
Aguinaldo Moreira de Souza possui graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1992), mestrado em Letras Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998) e doutorado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Cumprui os créditos para o mestrado em Artes Corporais na Unicamp, tendo sido aprovado no exame de qualificação (1997). Atualmente é professor de Interpretação teatral na Universidade Estadual de Londrina, bailarino, ator e diretor. Tem experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: teatro, expressão corporal, interpretação teatral, semiótica e discursos interartísticos.