Pensar sobre a liberdade a partir de um filme que faz uma ode à vida pode ser ainda melhor a partir da câmera de Truffaut.
Neste filme, que traz a história de amizade entre o alemão Jules e o francês Jim, o diretor nos cola diante de uma linha dividida pelo impacto da Guerra.
Na primeira parte, os dois amigos, integrantes de uma geração completamente desalinhada com os ideais de seus antecessores e da coisificação imposta pela Revolução Industrial, vivem as aventuras da capital francesa, frequentando cafés, bares, apreciando arte e mulheres. Até que se encantam pela jovem Catherine e o trio representa o avesso do que a sociedade espera.
Todos parecem felizes, até que estoura a primeira guerra e os amigos lutam em fronts opostos. Se antes tínhamos uma pequena ode ao viver, a guerra traz consigo uma atmosfera de desilusão crescente. E podemos perceber isso pela dureza da câmera e dos enquadramentos do diretor nesta segunda parte.
Poderemos conversar juntos sobre isso e sobre o domínio de Truffaut na sétima arte.