Nesta conversa, a proposta de Pablo Blanco é relacionar os diversos aspectos da produção editorial de um coletivo gráfico Londrinense, destacando características de como fazer em uma cidade de interior.
A conversa buscará fazer um panorama das gráficas particulares inglesas às editoras artesanais brasileiras, dos zines punks às publicações de artistas, dos revisteiros londrinenses dos anos 80 a cena contemporânea nacional; e, a partir dessas influências, discutir a motivação, os caminhos e desvios por trás da produção de um coletivo gráfico-sertanejo.
Alguns tópicos da conversa serão: os ancestrais (private press e editoras artesanais brasileiras); o contexto (faça-você-mesmo, cena das publicações independentes e editoras tipográficas da atualidade); as influências (movimento gráfico-literário e revisteiro dos anos 80); a construção da ideia (projetos-piloto, composição de um espaço cultural e ateliê gráfico); o modo de fazer (experimentação gráfica, autonomia produtiva, concepção → produção); os exemplos (apresentação de projetos do selo editorial e suas referências).
___________
Pablo Blanco é bacharel em design gráfico pela Unopar – Universidade Norte do Paraná. Desde 2007 desenvolve projetos de identidade visual, criação e desenvolvimento de materiais gráficos e projetos editoriais. Pesquisa processos de impressão e ministra atividades formativas na área de produção gráfica artesanal, trabalhando linguagens como fotografia, tipografia e litografia. De 2009 a 2013, foi sócio e designer gráfico na BRtipo e, em 2014, começou o Mero, estúdio focado na produção de material gráficos para projetos culturais. Foi um dos idealizadores da Guerra de Ilustrações e coorganizou os encontros mensais até 2014. Entre 2010 e 2013 coordenou o Experimentório de Elaboração Gráfica, projeto em que realizavam-se experiências em processos e produziam-se obras gráficas em vários suportes. Desde 2011 é um dos coordenadores do Grafatório, coletivo/associação cultural sem fins lucrativos que tem como objetivo fomentar a cultura das artes gráficas na cidade de Londrina. No Grafatório participa da organização de eventos e cursos, montagem de exposições e realiza trabalhos de impressão e assessoria gráfica. Com o coletivo, desenvolveu o projeto Codex Ex Machina: plataforma para criação de livros ao vivo, que circulou por feiras de publicações em diversas cidades do país até 2017. Também promoveu eventos como o Ciclografias: circuito de artes gráficas e visuais, a Semana de Arte de Londrina e a Feira Dobra de arte impressa. A partir de 2016 se dedica ao Grafatório Edições, selo de livros artesanais que já publicou títulos como A Hora da Lâmina, de Paulo Leminski (2017), Visiopoemas, de Paulo Menten (2018), Novos Contos, de Rogério Sganzerla (2018), No Fim da Infância, de Arrigo Barnabé (2019), O Último Pau de Arara, de Jotabê Medeiros (2020) e Escrever é Esquecer, de Fernando Pessoa (2022). Como designer gráfico autônomo, desenvolve projetos de comunicação para eventos, livros, catálogos e materiais gráficos diversos para grandes instituições e pequenas empresas, coletivos artísticos e produtores culturais independentes. Em 2017 recebeu o prêmio destaque da 12a Bienal Brasileira de Design Gráfico, pelo cartaz para a Semana de Arte de Londrina: Sobre-Cidade. Em 2020 foi premiado no Latin American Design Awards, pelo projeto gráfico do livro Visiopoemas, e no Brasil Design Awards, pelo projeto gráfico do livro Porque Eu Odeio (Grafatório Edições, 2019). Em 2022 recebeu a medalha de ouro na categoria projeto editorial do Brasil Design Awards, pelo catálogo da 13ª Bienal Brasileira de Design Gráfico (ADG Brasil, 2021).