A leitura de mundo precede a leitura da palavra, é o que nos diz Paulo Freire. Mas como a ficção e as narrativas literárias podem nos ajudar a compreender e elaborar nossa atuação sobre o mundo? Que histórias a nossa literatura conta e como os romances e a criação literária podem transformar nossa forma de encarar nosso passado e nosso futuro?
Nesta conversa com duas grandes escritoras contemporâneas – Giovana Madalosso e Micheliny Verunschk – poderemos pensar como transformar as relações entre a literatura e os mundos que criamos para nós.
A ação compõe a programação da 43ª Semana Literária Sesc & Feira do Livro e a participação é gratuita e livre para todas as idades. Recomenda-se chegar cedo ao local.
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Giovana Madalosso nasceu em Curitiba, é jornalista e radicada em São Paulo. Escreveu o volume de contos “A teta racional”, que foi finalista do Prêmio Biblioteca Nacional, e o romance “Tudo pode ser roubado” (Todavia, 2018), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Em 2020, lançou “Suíte Tóquio” (Todavia) e foi finalista do 63.º Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário. Este foi também seu primeiro livro traduzido para o espanhol e para o inglês.
Em 2020, foi uma das organizadoras do Memorial Inumeráveis, um projeto que homenageia as vítimas da pandemia de Covid-19 no Brasil, contando suas histórias. Em 2022, ao lado de Natalia Timerman e Paula Carvalho, aproveitou a Feira do Livro de São Paulo para reunir mais de 400 mulheres escritoras no Pacaembu para o evento Um grande dia em São Paulo. O evento se espalhou por outras 50 cidades, com quase 1.700 autoras se reunindo para fotos e mapeando a literatura produzida por mulheres no Brasil. Desde janeiro de 2023 é colunista do jornal Folha de S.Paulo.
Micheliny Verunschk é graduada em História, mestre em Literatura e crítica literária e doutora em Comunicação e Semiótica. É autora de sete livros de poesia e prosa. Seu primeiro romance, “Nossa Teresa – vida e morte de uma santa suicida” (Patuá, 2014) foi agraciado com o Programa Petrobras Cultural e com Prêmio São Paulo de melhor livro de 2015. Além deste, seu romance “O som do rugido da onça” (2023) esteve na final dos principais prêmios literários, tendo vencido o prêmio Jabuti. Seu mais recente romance “Caminhando com os mortos” é também um sucesso de vendas pela Companhia das Letras.
Lucélia Canassa tem formação em Letras – graduação, mestrado e doutorado em andamento – pela Universidade Estadual de Londrina e atua como professora colaboradora na Universidade Estadual do Norte do Paraná. Entre os seus interesses de pesquisa, destacam-se a literatura contemporânea – produzida nos últimos 30 anos –, as relações de gênero, os estudos das masculinidades e as representações da paternidade.