Dezessete atletas do estado participaram da seletiva paranaense masculina de bocha paralímpica realizada no sábado (16) no Sesc Portão. Pela primeira vez o Sesc PR foi parceiro do evento ao lado da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), órgão regulador da modalidade no Brasil.
“Essa é a seletiva paranaense que classifica os atletas para o campeonato brasileiro. O Sesc Paraná está sempre pensando no esporte, e na integração das pessoas com deficiência. Esse torneio é o primeiro passo de outros eventos que pretendemos fazer em conjunto”, adiantou o diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos, que prestigiou os jogos.
De acordo com o diretor de Esporte e Lazer e Saúde do Sesc PR, Marcus Vinicius de Mello, a seletiva é o primeiro passo da parceria entre o Sesc PR e a ANDE. “A ideia é realizar o Campeonato Brasileiro de Jovens da modalidade no primeiro semestre de 2022 em uma unidade do Sesc PR”, acrescentou.
Jogos
A bocha paralímpica é praticada por atletas com deficiência em quatro categorias, conforme o grau de comprometimento: BC1, BC2, BC3 e BC4. “A importância das seletivas desse ano foi o retorno das atividades e dos atletas, seguindo todos os protocolos de segurança. Por conta da pandemia não conseguimos manter o nosso calendário e, agora, estamos retomando as atividades. Vale ressaltar que a etapa paranaense é a última, pois já nesta semana realizamos o Campeonato Brasileiro da modalidade em Joinville, Santa Catarina”, pontuou o presidente da ANDE, Artur Cruz Gomes.
Os jogos iniciaram às 13h e se estenderam durante a tarde, porém desde às 8h as equipes de Colombo, Toledo e duas de Curitiba já estavam no local para o credenciamento dos atletas. As quatro equipes receberam troféu de participação e os quatro primeiros colocados as medalhas.
Medalhista paralímpico da modalidade em Pequim, Londres e Rio de Janeiro, o paranaense Eliseu dos Santos, acompanhou a seletiva. “Depois de Pequim acredito que a bocha paralímpica começou a ter uma visibilidade maior. A Paralimpíada do Rio, por ter sido realizada em casa, sem dúvida também contribuiu para esse cenário. Eu sempre falo que esse é o esporte mais inclusivo de todos. Eu tenho distrofia muscular, fui para quatro Paraolimpíadas, com todas as minhas dificuldades e limitações, então eu considero que essa modalidade pode despertar uma atenção de pessoas como eu, basta acreditar e trabalhar. As seletivas são importantes na divulgação para dar chance a novos atletas”, observou.
Aos 17 anos, Gabriel Willian Pereira, de Campo Largo, disputou a seletiva na categoria BC3. Acompanhado pelo pai, Dirlei Antonio Pereira, como calheiro e técnico, o atleta comemorou o retorno aos campeonatos, após quase um ano e meio parado por conta da pandemia. “Há quatro meses voltamos a treinar. Paralisamos todas as atividades, os treinos, as sessões de fisioterapia, a natação, as aulas presenciais dele na escola, até pelo receio com a pandemia. Agora o Gabriel tomou a primeira dose da vacina e nos sentimos mais seguros em retornar as atividades. A bocha mudou a vida dele e a de todos nós, então é muito bom poder estar de volta”, completou o pai.
Também acompanharam os jogos o vice-presidente da Fecomércio PR e presidente do Sirecom-PR, Paulo Cesar Nauiack; o conselheiro do Sesc PR, Zildo Costa; a diretora da Divisão de Suprimentos e Patrimônio do Sesc PR, Manuela Lopes Pereira; o gerente de Esporte e Lazer do Sesc PR, Lucas Chaves; a gerente executiva do Sesc Portão, Ester Lopes dos Santos, e o coordenador do Paradesporto, Mário Sérgio Fontes, representando a Paraná Esporte, que apoiou a seletiva.