Em cartaz com seu lançamento mais recente, Micro, um trabalho que nasceu de modo casual: em um duo, a voz de Maurício vem acompanhada pela guitarra de Tonho Penhasco. Um trabalho de personalidade intimista, leve e delicada.
Após a apresentação, teremos o lançamento do livro: “Minha Cabeça Trovoa”
Quando a gente canta alguém presta atenção na letra?” A pergunta está na canção “Um dia útil”, de 1998, que já prenunciava as reflexões que levariam o compositor Maurício Pereira a escrever “Minha cabeça trovoa – as letras que eu fiz e suas histórias”. No livro, que é seu primeiro projeto literário, Maurício Pereira apresenta suas letras acompanhadas de comentários acerca dos caminhos poéticos e criativos de seu trabalho. São textos em tom de conversa, bem ao estilo do artista, nos quais descreve cenas, pessoas, parcerias, angústias, dilemas, inspirações e influências, além de revelar um pouco do cotidiano de um músico independente no Brasil. Maurício também abre seu baú de memórias ao falar da família, dos três filhos, também artistas, e das amizades. Recorda, por exemplo, momentos em que ninava Tim Bernardes, seu filho mais velho, durante as madrugadas de insônia – e que lhe renderam estrofes e ideias para composições como a própria “Um dia útil” e o sucesso “Trovoa”. Lançada no álbum Pra Marte, de 2007, “Trovoa” foi gravada em 2011 pelo grupo Metá-Metá (na voz de Juçara Marçal), influenciando novas gerações a revisitar a canção. Maria Gadú, A Banda Mais Bonita da Cidade e a dupla Dandara Modesto e Paulo Monarco também fizeram versões nos anos 2000.
Maurício Pereira é um músico paulistano. Compositor, cantor e saxofonista, tem oito discos gravados, sendo “Micro” o mais recente, lançado em 2022. Tem músicas gravadas por Metá Metá, Maria Gadu, João Donato e A Banda Mais Bonita da Cidade, entre outros. Nos anos 80, com o músico André Abujamra, criou a banda Os Mulheres Negras, que gravou dois discos pela gravadora Warner Music.