09/10/2025 | 19h às 21h
Sesc Londrina Cadeião
Partindo de uma definição de artista como pessoa do seu tempo e espaço – um ser que possui um projeto de pertencimento e de aparecimento no mundo político – este encontro vai propor a Arte como referência estética, poética, ética e política.
A partir de considerações políticas de Hannah Arendt, como a “banalidade do mal”, poderemos questionar o conceito de “bom” e “bem” e de como a arte pode situar tais ideias, também discutir modos de abordar o violento mundo de hoje a partir de uma “radicalidade do bem”, tarefa que sobrecarrega o artista contemporâneo. Recentes fatos da cidadania londrinense, em consonância com fatos nacionais e mundiais, solicitam posicionamento dos artistas e pessoas em geral para um projeto de práticas do bem, que nada tem a ver com uma autoconsciência de ser o “indivíduo bom”.
Ao abordar questões da relação entre artista e o mundo a partir dos conceitos filosóficos da bondade e da maldade, faz-se importante imprimir uma consciência ampliada e politizada, somando-se a isso a necessidade de provocar diálogos entre artistas e público como partícipes de um mesmo tempo/espaço e pertencentes ao mesmo mundo, cabendo aos projetos artísticos formas de esclarecimento e emancipação das consciências.
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Aguinaldo Moreira de Souza é graduado em Letras (Unesp, 1993) e em Filosofia (UEL, 2016). É doutor em Letras, com ênfase em literatura comparada, integração crítica das artes e dança-teatro. Ator, bailarino, performer e professor de artes cênicas, filosofia e literatura. É chefe da divisão de artes Cênicas da Universidade Estadual de Londrina; coordenador do projeto de pesquisa: O corpo como princípio: afrografias; diretor da Cia. do Terno de Dança Teatro desde 2019, onde também atua no solo “Instruções para chorar”. É autor dos livros “O corpo ator” (EDUEL, 2013), “Dor e silêncio: performance e teatro sobre o holocausto nazista” (APPRIS, 2019) e “A benção do grande urubu: trajetória artística de Carina Corte” (Pá Artística, 2023).