O VI Congresso Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB/PR), com apoio do Sesc PR, reuniu especialistas e representantes de entidades de todo o Brasil para discutir os avanços e desafios na proteção dos direitos da infância e adolescência. O evento, que iniciou nesta terça-feira (23) em Curitiba, tem como tema central os 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), celebrando as conquistas legais, mas também refletindo sobre as dificuldades persistentes na implementação de políticas públicas.
O primeiro dia do congresso contou com a presença de membros de entidades jurídicas, conselhos tutelares, universidades, escolas, além de profissionais da saúde, educação e pesquisadores. Os debates foram organizados em 16 eixos temáticos. Entre eles, o painel sobre Inclusão de Crianças e Adolescentes com Deficiências e Neurodivergências, onde foi destacado o papel do Sesc PR no acolhimento deste público em seus projetos. Para dar um tom especial à sede da OAB PR, crianças da Educação Infantil e do projeto Criar Sesc fizeram desenhos que estão expostos em um mural no local do evento. Os trabalhos foram desenvolvidos durante atividades que tiveram como objetivo o entendimento sobre “o direito de ser criança”.
Em sua fala, Hamilton Vedovato, analista de Psicologia Educacional na Gerência de Educação do Sesc PR, destacou as ações da instituição para a consolidação da escola como um agente de inclusão e um território de aprendizagem onde, através de um planejamento universal das atividades pedagógicas, todos possam aprender juntos, independentemente de suas limitações. Ele também abordou os três princípios educativos da escola inclusiva, que são: engajamento, quando os profissionais despertam o interesse dos alunos pelos conteúdos; representação, que é como esses conteúdos são expostos para que todos compreendam; ação e expressão, que se baseia em como os estudantes vão demonstrar a aprendizagem.
Abordar a garantia da educação inclusiva é uma das formas de aumentar a rede de proteção das crianças e adolescentes. “O Sesc PR tem desenvolvido várias estratégias, tanto na Educação Básica como na Educação Ampliada. Isso vai desde mapeamentos dos casos de educação inclusiva até a garantia de suportes mais substanciais, como adaptações de atividades e garantia de profissionais de apoio. Tudo para garantir o bem-estar do seu público alvo”, explica Hamilton.
Para que todo esse planejamento renda frutos positivos, os educadores do Sesc PR estão em constante estudo. “Temos o desafio de pensar nas adaptações, no manejo pedagógico e comportamental. À medida que participamos de formações como essa, absorvemos conhecimentos e os educadores vão se sentindo mais preparados e sensíveis ao tema”, destacou o analista.
O painel promovido pelo Sesc PR, foi mediado por Ivana Passos de Melo, presidente da Comissão de Defesa da Criança e Adolescente da OAB Pará. A mesa contou com a presença de Ângela Lunedo Mendonça, da Associação Brasileira de Direito Educacional (ABRADE); Luciana Linero, do Ministério Público do Paraná; e uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A programação segue nesta quarta-feira (24), também com participação do Sesc PR.