No último sábado (16), o Museu Oscar Niemeyer (MON) foi palco de programações especiais dentro da Semana Literária e Feira do Livro do Sesc PR. O evento reuniu literatura, história e interações lúdicas para todas as idades, além de homenagens à literatura paranaense. Entre os destaques do dia, esteve o lançamento da Coletânea de Contos Infantis do Sesc PR, que reúne histórias produzidas com foco na imaginação e nos valores educativos.
A oficina infantil “Cadê o Vampiro de Curitiba?”, inspirada no universo do autor curitibano Dalton Trevisan (1923-2024), divertiu a criançada. A atividade convidou os pequenos a explorarem os mistérios e as lendas urbanas por meio de ilustrações e contação de histórias. O objetivo foi despertar o interesse pela literatura local de forma leve e criativa.
No período da tarde, cerca de 70 pessoas participaram do Walking Tour Literário em homenagem a Dalton. O passeio pelas ruas da capital paranaense conectou trechos das obras do autor com os locais que inspiraram suas narrativas. A programação uniu literatura e memória, oferecendo uma nova perspectiva sobre a cidade através das obras.
O primeiro roteiro passou por pontos como a Casa do Dalton, a Livraria do Chain, o Teatro Guaíra e a Praça Santos Andrade (UFPR). Já o segundo, visitou o Largo da Ordem, a Praça Tiradentes, a Rua XV, a Praça Osório e o Edifício São Bernardo. Ambos foram mediados por Carla Viccini, autora e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR, e por Cristiano Nagel, ator, escritor e mediador de leitura.
O penúltimo dia da Semana Literária e Feira do Livro do Sesc PR lotou o MON. Autores convidados para esta edição do evento foram um dos mais procurados nas livrarias e editoras presentes na Feira do Livro. “O avesso da pele”, de Jeferson Tenório; “A palavra que resta”, de Stênio Gardel; “Toda cabeça de irmão”, de Julia Raiz; “Na ponta da língua”, de Caetano W. Galindo; “É sempre a hora da morte, amém”, de Mariana Salomão Carrara, e o recém lançado “Uma delicada coleção de ausências”, de Aline Bei, foram os mais vendidos da Telaranha, em Curitiba.
No Palco Diálogos, além de contação de histórias, performances e clubes de leitura, escritores participaram de bate-papos no período da tarde. Be RGB mediou a conversa com Pedro Rhuas, em “Histórias ao redor: A literatura não precisa ser importada”. Os 25 anos do jornal Rascunho foram celebrados pelo seu criador, o jornalista Rogerio Pereira, com mediação de Andrea Mayumi. Ilana Casoy compartilhou os bastidores do true crime em “Crimes escritos”, mediado por Rodolfo Stancki. Mariana Salomão Carrara fechou a programação com o bate-papo “O que não cabe no corpo: escrita da falha e da fresta”, com a mediação da escritora Julia Raiz, no Auditório Poty Lazzarotto.