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Palestra “Mulher Segura” marca o lançamento do projeto Por Todas Elas do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR deu um passo significativo na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência de gênero. Nesta segunda-feira (10), a palestra “Mulher Segura”, ministrada pela Capitã da Polícia Militar, Carolina Pauleto Ferraz Zancan, no Teatro do Sesc da Esquina, em Curitiba, marcou o lançamento do projeto institucional Por Todas Elas – Fecomércio Sesc Senac, pelo Combate à Violência Contra as Mulheres. A iniciativa surge para fortalecer a conscientização e promover uma cultura de acolhimento, respeito e proteção às mulheres em diversos contextos.

O evento foi aberto pela diretora de Educação, Cultura e Ação Social do Sesc PR, Lidiane Galvan. “Como mulher e gestora é uma honra estar à frente de ações tão importantes no combate à violência contra as mulheres. Nossa missão vai além da educação e cultura, estamos comprometidos em criar um ambiente de respeito, acolhimento e igualdade. Por meio de comitês especializados, buscamos garantir que todas as mulheres tenham acesso a suporte adequado e canais de denúncia seguros. Nosso trabalho é transformar vidas, sensibilizando nossos colaboradores e a sociedade para a importância de proteger os direitos das mulheres e combater qualquer forma de violência. Estamos atentos aos sinais”, frisou.

O diretor do Senac PR, Sidnei Lopes de Oliveira, também participou do evento de lançamento. “É uma grande honra estar aqui para o lançamento deste projeto. No Senac, nossa missão é promover capacitação e desenvolvimento, com foco na transformação social. Buscamos proporcionar emancipação e empregabilidade, permitindo que nossos alunos empreendam e mudem suas realidades. Cerca de 70% dos nossos cursos são gratuitos, e 70% dos nossos alunos são mulheres, refletindo nosso compromisso com a inclusão social e a igualdade de oportunidades. Estamos orgulhosos de contribuir para o crescimento e a transformação de vidas, especialmente das mulheres, que têm um papel central em nossos programas de capacitação”, pontuou em sua fala, agradecendo o envolvimento dos colaboradores da instituição nas ações do projeto Por todas elas.

O diretor regional do Sesc PR, Carlos Alberto de Sotti Lopes, parabenizou a criação do Comitê e as ações que serão realizadas ao longo do mês de março, dedicado à celebração do Dia Internacional da Mulher, e que neste ano trará esse foco voltado à prevenção da violência e ao apoio às vítimas. “O Sesc PR sempre respeitou o trabalho feminino. Em 1972, quando entrei nesta instituição, já contávamos com 67% de mulheres na equipe. A criação desse Comitê, do projeto Por Todas Elas e as certificações que virão refletem o empenho diário de nossa equipe, pois mais do que títulos, são as atitudes cotidianas que fazem a diferença na sociedade”, observou. Palestra A palestra teve transmissão ao vivo para todas as unidades e pontos de atendimento do Sesc e do Senac no estado. O secretário da Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, também prestigiou o evento.

Palestra

“O Secretário de Segurança agradeceu a oportunidade de participar do evento e destacou que, embora o Paraná tenha reduzido os homicídios, a violência contra a mulher, especialmente a violência doméstica e o feminicídio, ainda é um grande desafio. Ele mencionou o aumento das notificações após campanhas de conscientização e a implementação do programa ‘Mulher Segura’ e o projeto ‘Homem para Homem’. Em 29 municípios prioritários, houve uma redução de 37% nos feminicídios. Para 2025, o objetivo é expandir as ações para os 399 municípios, reforçando que cada esforço é crucial para combater a violência, pois uma vida perdida não pode ser recuperada”, frisou.

Durante a palestra, a Capitã da Polícia Militar, Carolina Pauleto Ferraz Zancan, abordou os desafios no enfrentamento do feminicídio, destacando a gravidade do problema e as ações em andamento. Ela ressaltou que 9 em cada 10 mulheres são mortas por quem deveria protegê-las, e que a violência doméstica e familiar continua sendo um dos maiores perigos para as mulheres, especialmente dentro de casa. Foram apresentados dados alarmantes sobre a violência contra a mulher, com 52% das vítimas não buscando ajuda.

A palestrante destacou a importância de eventos como este para trazer à tona a gravidade da problemática e a necessidade de tratar da questão de forma séria. Em relação aos desafios, ela enfatizou a redução do feminicídio e observou que não há um perfil único para os agressores, que podem ser pessoas comuns, mas existem comportamentos como controle excessivo, ciúmes e dificuldades em aceitar a separação que são pontos de alerta. A palestrante detalhou os tipos de violência que as mulheres enfrentam, como física, patrimonial, sexual, psicológica, moral e até virtual, sendo o ciclo da violência algo recorrente, onde a mulher sofre frequentemente por um longo período. Ela também ressaltou o impacto da violência doméstica nas crianças e destacou que, muitas vezes, as mulheres não conseguem deixar o agressor devido a questões como dependência financeira ou laços afetivos. Além disso, foram mencionadas as iniciativas de proteção como a Patrulha Maria da Penha, o programa Mulher Segura e a Casa da Mulher Brasileira, que oferecem redes de apoio e acolhimento para as vítimas, além da central da Polícia Militar 190.

A palestrante também chamou atenção para a importância da conscientização dos agressores e das ações preventivas, com a redução da reincidência de agressões sendo um dos objetivos principais. Ela finalizou ressaltando que, para combater a violência contra as mulheres, é fundamental que todos desempenhem um papel ativo, oferecendo acolhimento, apoio e buscando ajuda sem julgar, além de ser persistente e paciente no processo de prevenção e acolhimento. “O que mata a mulher é o silêncio, denunciem”, concluiu.