Celebrado em 8 de abril, o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer, é uma data de conscientização para campanhas que incentivam a prevenção da doença. Com esse intuito o Sesc PR promoveu algumas ações por meio da Campanha Sesc de Combate ao Câncer.
Na data, o Sesc da Esquina recebeu o público com um espaço com orientações sobre os tipos de câncer, formas de prevenção com a adoção de estilo de vida saudável, além de testes como aferição de pressão, oximetria e frequência cardíaca. O Hospital Erasto Gaertner, referência no tratamento da doença, foi parceiro da iniciativa, que ainda contou com o apoio da Eccosalva e do Instituto Humanista de Desenvolvimento Social (Humsol).
Uma live foi realizada na sexta–feira (8) reunindo especialistas noassunto. Com o tema: “Sesc Saúde falando sobre o Câncer”, o bate-papo virtual foi transmitido ao vivo pelo canal do Sesc PR no Youtube. Participaram do debate o cirurgião-dentista, Laurindo Moacir Sassi, atuante há mais 25 anos atua na prevenção de câncer bucal; a médica, Shirlei Kugler Aiçar de Súss, Mestra em Medicina Interna (UFPR), com aperfeiçoamento em Fellow Endocrinologia e Oncologia (INCA-RJ) e coordenadora do Programa Conscientiza Mais, e o médico rádio-oncologista, Luis AndréNadler Lins, do Hospital Uopeccan, de Umuarama.
A live foi mediada pela gerente executiva do Sesc Umuarama, Thais Mariane dos Santos. A médica Shirlei Kugler Aiçar de Súss abriu a conversa enfatizando a importância da prevenção para todas as áreas da saúde. “Precisamos pensar a saúde em sua integralidade e criar uma cultura de prevenção em saúde, adotando hábitos de vida saudáveis, realizando exames periodicamente, passando por avaliações médicas. Se temos os chamados exames de rastreio, eles precisam ser feitos de forma periódica, pois precocemente temos mais possibilidades de tratamento de doenças e de cura, no caso do câncer”, frisou.
O médico rádio-oncologista, Luis André Nadler Lins, explicou que alterações em exames precisam ser analisadas. “Não quer dizer final da vida. Se o exame está alterado precisamos investigar e fechar esse diagnóstico.
Geralmente se faz uma biópsia, e se verifica qual tipo de tumor, tipo de câncer e como ele está no indivíduo. O tumor inicial, com o uso de exames de imagem, se ele invadiu outras estruturas, enfim, para determinarmos o melhor tratamento”, pontua.
Para ele, a visão trimodal de tratamento que inclui cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia precisa ser ampliada com um tratamento multidisciplinar. “Mas para mim é necessário um tratamento multidisciplinar, com a presença de psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, dentistas, enfim, avaliando as necessidades que esses pacientes apresentam”, ponderou.
Os médicos observaram que durante a pandemia muitos pacientes não tiveram o diagnóstico precoce, chegando ao ambulatório com estágios avançados da doença. “Nesse período, muitas pessoas não conseguiram ou não buscaram uma avaliação em saúde. Outras que já estavam em tratamento perderam o acompanhamento ou não deram seguimento os tratamentos indicados. Isso tem causado um impacto e por esse motivo é importante a conscientização, a orientação e o esclarecimento para que essa informação chegue nessas pessoas. Nós, como profissionais da área, temos que ser incansáveis nesse tema. É importante estarmos engajados, preocupados e atentos porque a saúde é o nosso maior bem”, ressaltou Shirlei Kugler Aiçar de Súss.
Parceiro de longa data do Sesc, o cirurgião-dentista Laurindo Moacir Sassi agradeceu o espaço para falar sobre o tema da prevenção, principalmente do câncer bucal. “Hoje a nível Brasil a estimativa é de que tenhamos 15 mil novos casos desse tipo de câncer até 2023. No Paraná, são 680novos casos de câncer entre os homens e 230 para as mulheres. Esses números voltaram a crescer muito pelo consumo exacerbado de álcool e de cigarro”, observou. Ele também citou a moda dos narguiles como extremamente nocivo.