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Educação: Sem categoria
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Sesc da Esquina recebe Vivência Autoral

No dia 25 de outubro o Sesc da Esquina recebeu a 8ª edição do Vivência Autoral, um projeto do departamento de educação do Sesc PR. O evento reuniu educadores e comunidade interessada em trocar de vivências pedagógicas e debater sobre práticas educacionais desenvolvidas por profissionais do Sesc PR.

A partir do tema “Educação Contemporânea: Transformações Permanentes” foram abordadas discussões, palestras, oficinas e intervenções acerca da capacidade do aluno em protagonizar mudanças no seu entorno. Adriano Trentin, gerente do Colégio São José e organizador do evento, ressaltou que a educação é principal elemento pra transformar a realidade da vida das pessoas, principalmente dos alunos. Para ele, “como isso passa necessariamente pela gestão das escolas, pelos professores e de todos que estão envolvidos nessa discussão, é sempre fundamental entender que um dia não é igual ao outro, que as coisas se transformam e nós precisamos sempre refletir sobre isso para termos uma prática pedagógica mais adequada”.

Na cerimônia de abertura, Maristela Bruneri, diretora de Educação, Cultura e Ação Social do Sesc PR, lembrou do papel do instituição na promoção da educação. Ressaltando o remanejamento das ações do Sesc, que partir de 2009 passou a destinar 33% dos seus recursos arrecadados para a área de educação, aumentando assim a capacidade de atendimento. Segundo ela, no decorrer dos anos “nós fomos observando a necessidade de abrirmos um projeto aos professores e chegamos a esse evento”.  Neste ano, além dos professores e educadores, o Vivência Autoral também acolheu a comunidade interessada nas discussões sobre o tema. “Nós ainda estamos crescendo e amadurecendo nesse tipo de projeto” disse Maristela e pediu uma avaliação aos presentes para que ao final do evento pudessem sugerir novos conteúdos para os próximos anos. Ela também falou do trabalho contínuo do Sesc,  atendendo cerca de 50 mil alunos por mês em todo estado, entre o público das escolas, cursos e oficinas.

Adriano Trentin explicou como foram pensadas as práticas e vivências do projeto, divida em três eixos principais: o de vivências compartilhadas, trazendo dois casos exemplares, um de uma escola de Campo Largo e outro de uma instituição de Piraquara, ambas na Zona Rural que realizam ações extra-curriculares sem nenhum investimento público e “conseguem criar realidades e experiências importantes para os alunos”, explica o Trentin. A segunda etapa foi composta por um roteiro de oficinas que são ofertadas pelo Sesc em todo Paraná. “Hoje os profissionais que participam do evento estão aqui para trocar experiências e mostrar a forma como o Sesc trabalha”, diz o gerente. No encerramento, uma aula-show sobre Produção de Cultura no Ambiente Educacional foi ministrada por Nélio Spréa – produtor cultural, músico, arte-educador e pesquisador em áreas como sociologia da infância, arte-educação e cultura popular – trazendo a temática da importância de trabalhar com alegria. Tião Rocha – antropólogo, educador popular, folclorista e fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento – conduziu a última palestra sobre o tema do encontro, trazendo a tônica das transformações sociais e desenvolvimento comunitário por meio da educação.

No ambiente da troca de vivências, a Escola Municipal Augusto Pires de Paula, localizada na região rural de Três Córregos em Campo Largo, apresentou o projeto “Jornal Falado” implantado como atividade extra-curricular de desenvolvimento da linguagem. Os representantes da escola destacaram a transformação na vida dos alunos, que puderam desenvolver habilidades de comunicação e foram auxiliados no processo de aprendizagem de leitura e escrita. A professora Eunice, condutora do projeto, disse estar feliz em poder compartilhar a experiência e completou: “Eu imagino que isso possa trazer um grande avanço para escolas e para os alunos”. Para implementar o Jornal Falado, a professora contou  que o maior desafio foram os recursos. “Só que depois a gente começou a pensar: eu tenho um celular na minha mão, um notebook e a força de vontade. Pra mim o mais difícil era a parte tecnológica, mas corri atrás de uma pessoa que era craque nisso e tudo deu certo”, explica Eunice.

Cláudio Ogliari, representante da Secretaria de Educação do Paraná, prestigiou a abertura do Vivência Autoral e elogiou o evento. “Eu olhei muito de perto essa trabalho que vocês estão desenvolvendo. O Sesc abre a oportunidade para que todas as escolas participem e também a comunidade, chegando na escola rural, na escola indígena, quilombola e de ilha. Isso é muito importante e eu espero que continue acontecendo, que envolva mais a comunidade e todas as secretarias do estado do Paraná”.