Literatura é território da palavra, espaço de tensionamento e questionamento de fronteiras e limites. Como espaço de investigação de tudo que é vivo, ela também abre seu(s) território(s) para outras linguagens artísticas, outras formas de experimentação e tensionamento de seus próprios limites, (in)compreensões e interrogações. Pela Literatura, elaboramos e também somos elaborados, assumimos lugares: de escuta, de fala. Lemos e somos lidos. Nesta mesa-redonda, Ana Guadalupe e Veronica Stigger conversam sobre as fronteiras e limites da palavra. Poesia, tradução, Literatura e outras artes são alguns dos temas postos em debate.
Ana Guadalupe (Londrina, 1985) é poeta e tradutora. Publicou “Relógio de pulso” (7Letras, 2011), “Não conheço ninguém que não seja artista” (Confeitaria, 2015, com fotos de Camila Svenson) e “Preocupações” (Macondo, 2019). Participou de antologias como “É agora como nunca: Antologia incompleta da poesia contemporânea brasileira” (organizada por Adriana Calcanhotto e publicada no Brasil e em Portugal) e “Otra línea de fuego: Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas” (organizada por Heloísa Buarque de Hollanda e publicada na Espanha), entre outros projetos literários de seis países. Além disso, traduziu mais de trinta livros para editoras brasileiras, inclusive obras de autoras como Sylvia Plath e Carmen Maria Machado e do ganhador do Nobel Kazuo Ishiguro.
Veronica Stigger é escritora, crítica de arte, curadora independente e professora universitária. Doutorou-se em Teoria e Crítica de Arte pela Universidade de São Paulo (USP) e realizou pesquisas de pós-doutorado junto à Università degli Studi di Roma “La Sapienza”, ao Museu de Arte Contemporânea da USP e ao Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. É professora das pós-graduações Lato-Sensu em Histórias das Artes e em Práticas Artísticas da FAAP. Entre seus 12 livros de ficção publicados, estão Opisanie świata (2013), Sul (2016) e Sombrio ermo turvo (2019). Com Opisanie świata, seu primeiro romance, recebeu os prêmios Machado de Assis, São Paulo (autor estreante) e Açorianos (narrativa longa). Com Sul, angariou o Prêmio Jabuti. Sombrio ermo turvo, por sua vez, foi finalista dos prêmios Oceanos, Jabuti, Minuano e AGEs.