Como quem faz poesia estabelece uma relação de sua voz (física e metafórica) com o conjunto inacabado e diferente das vozes do mundo ao redor? É possível incorporar (isto é, lançar no corpo) essa diferenças das vozes e ainda dar uma resposta ética? O intuito dessa conversa não é resolver esses problemas, mas antes tocá-los, mexê-los um pouco, considerando que toda pessoa que lê, ao seu modo, também já escreve e considera as alteridades. com escritor Guilherme Gontijo Flores
Guilherme Gontijo Flores (1984, Brasília) é poeta, romancista, tradutor e professor na UFPR. Autor dos poemas de brasa enganosa (2013), Tróiades (2014/2015), l’azur Blasé (2016), Naharia (2017), carvão : : capim (2018) e do romance História de Joia (2019). Traduziu A anatomia da melancolia de Robert Burton (4 vols. 2011-2013), Elegias de Sexto Propércio (2014), Safo: Fragmentos completos (2017), dentre outros. É coeditor do blog-revista escamandro e membro do grupo Pecora Loca.