Sabemos que o racismo é um fenômeno violento e abrange todos os ambientes da sociedade, inclusive a educação. Para combatê-lo é preciso uma luta incessante e envolvimento de todos.
O professor e pesquisador Guilherme Felipe Ramos compartilhará sua experiência desde que se defrontou com atos racistas nos ambientes de ensino, em especial com o racismo recreativo. Assim, sua proposta tem o objetivo de analisar/debater como esses atos afetam as vivências e as experiências de pessoas negras nos ambientes de ensino.
Ao pensarmos nos ambientes educacionais, faz-se importante problematizar como o racismo recreativo é cruel com estudantes negros e como este fenômeno afeta de maneira efetiva a vida e, consequentemente, o desenvolvimento escolar deste grupo. Será trazido ao debate também a importância das leis 10.639/2003 e 11.645/2008 para a efetivação de uma educação antirracista e emancipadora nos ambientes de ensino.
Nesta conversa, veremos temas importantes para nosso desenvolvimento social e cultural, sobretudo porque a temática do racismo recreativo nas escolas ainda se mostra recente para a maioria das pessoas, inclusive as que vivenciam esses atos nos ambientes escolares.
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Guilherme Felipe Ramos é um estudante negro, cotista, formado em Geografia (licenciatura) e especializado em Ensino de Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É pesquisador ativo em várias temáticas que abordam questões étnico-raciais (Racismo Estrutural, Institucional, Individual, Recreativo, Racismo e Saúde e as leis 10.639/2003 e 11.645/2008), participa de movimentos socioculturais com enfoque em debates/lutas raciais, representa o NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros pela UEL) em atividades formativas e em bancas de homologação de cotas.