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Café com Quê?: Noções de análise fílmica, com Mauricio Arruda Mendonça e Silvio Demétrio

Uma proposta de leitura crítica do filme "Ainda estou aqui"

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19/07/2025 | 15h às 18h

Sesc Londrina Cadeião

Gratuito

Partindo da premissa de que o cinema é uma linguagem complexa, rica em significados, mas nem sempre acessível ao olhar crítico do público em geral, o jornalista e professor Silvio Demétrio juntamente com o escritor Mauricio Arruda Mendonça trazem esta proposta de Análise Fílmica segundo Michel Marie e Jacques Aumont; e a Análise Paramétrica de Noel Burch – a partir de uma leitura crítica do filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles.

No encontro, apresentarão, de forma clara e didática, os principais conceitos de Michel Marie e Noel Burch, dois teóricos fundamentais para os estudos cinematográficos. Através da análise de filmes acessíveis e da explicação de técnicas como enquadramento, montagem, estilo e estrutura narrativa, a ideia é capacitar os participantes a notarem camadas de significado que normalmente passam despercebidas. Muitas vezes, a experiência do espectador é limitada ao consumo imediato da narrativa, sem acesso a ferramentas que possibilitem uma leitura mais profunda dos filmes. Por isso, esta proposta se justifica pela necessidade de aproximar métodos consagrados de análise fílmica de um público não acadêmico, interessado em compreender melhor o funcionamento do cinema e desenvolver um olhar mais sensível e reflexivo sobre as obras audiovisuais.

Mais do que uma atividade teórica, trata-se de uma ação de formação de público, que valoriza o cinema como arte e linguagem, além de contribuir para o desenvolvimento de uma cultura cinematográfica mais crítica, criativa e participativa. Ao democratizar o acesso a instrumentos de análise fílmica, o projeto fortalece o vínculo entre o espectador e o cinema, ampliando sua capacidade de fruição, interpretação e diálogo com as imagens em movimento.

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Silvio Ricardo Demétrio é jornalista, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde leciona no curso de Jornalismo e já atuou também no Programa de Mestrado em Comunicação. Pesquisa temas ligados à linguagem audiovisual, contracultura, análise fílmica e estética do cinema contemporâneo, com especial interesse por abordagens teóricas como a esquizoanálise, o pensamento de Gilles Deleuze e os estudos da imagem. Além da trajetória acadêmica, mantém uma produção regular como jornalista cultural, com colaborações em veículos como Gazeta do Povo, Revista Cult e Folha de Londrina, onde assina a coluna “DOBRA”, dedicada à crítica de cinema, música e cultura. É autor do livro Entre o sonho e a vigília – o cinema (UEL, 2015), e de artigos e ensaios que tratam das interseções entre arte, política e subjetividade. Seu trabalho busca aproximar o pensamento crítico das experiências sensíveis do público não especializado, promovendo ações de formação cultural que aliam teoria, fruição estética e leitura crítica do mundo contemporâneo por meio da arte cinematográfica.

Maurício Arruda Mendonça é poeta, dramaturgo, tradutor e diretor teatral brasileiro. Formado em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), obteve os títulos de mestre e doutor em Letras pela mesma instituição. ​Como poeta, publicou obras como “Eu caminhava assim tão distraído” (1997), “A sombra de um sorriso” (2002) e “Epigrafias” (2002). Na dramaturgia, escreveu e dirigiu diversas peças teatrais, destacando-se “Inveja dos Anjos” e “A Marca da Água”, que lhe renderam o Prêmio Shell-RJ de Melhor Autor Teatral em 2008 e 2012, respectivamente. Além disso, foi laureado com o Prêmio Cesgranrio de Teatro em 2014 por “O Dia em que Sam Morreu”. Internacionalmente, recebeu o Fringe First Award no Festival de Teatro de Edimburgo em 2013 e 2014, e o prêmio Coup de Coeur do Club de la Presse no Fringe Festival de Avignon em 2014.​Na área acadêmica, sua obra “Kafka e Schopenhauer: Zonas de Vizinhança” conquistou o primeiro lugar na categoria Ensaio Literário – Prêmio Mário de Andrade, concedido pela Biblioteca Nacional em 2021. Como tradutor, Mendonça verteu para o português obras de autores como Sylvia Plath, Arthur Rimbaud, Nenpuku Sato, Molière, Tennessee Williams, Samuel Beckett, Sam Shepard e Tracy Letts. Atuou também como professor de Teoria e História do Teatro e coordenador da Escola Municipal de Teatro de Londrina. Sua trajetória reflete uma dedicação contínua às artes e à literatura, consolidando sua posição como uma figura influente no cenário cultural brasileiro.

Serviço:

Data e Horário:
19/07/2025 | 15h às 18h
Endereço:
Rua Sergipe, 52
Sesc Londrina Cadeião:
Este evento faz parte de

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