Para Poleminskiar, eu diria
Por Silvia Bocchese de Lima
Crédito Imagem Rodrigo: Sophie Kandaouroff
Rodrigo Garcia Lopes é jornalista, professor, poeta, compositor e tradutor. Tem em torno de 15 livros de poesia, ensaio, tradução e entrevistas publicados e dois CDs de músicas gravados, além de ser um dos editores da revista Coyote. Em 2019, Roteiro Literário – Paulo Leminski foi o vencedor do Prêmio Literário da Biblioteca Nacional, na categoria Ensaio Literário. Rodrigo já foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria Melhor Livro de Poemas e Melhor Tradução. Ele é mestre pela Arizona State University e tem doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina.
Confira entrevista:
Rodrigo, todos os anos, este grande evento literário que o Sesc PR realiza, a Semana Literária e Feira do Livro traz uma temática diferente que norteia todas as discussões propostas. Em 2024, Paulo Leminski completaria 80 anos, e ele é o nosso homenageado. Em referência a ele, o tema é Poesia em Toda Parte. Você é autor de um ensaio literário sobre o Polaco, intitulado Foi Tudo Muito Súbito. Ruy Castro, já biografou muitas personalidades, como Carmen Miranda, Mané Garrincha e Nelson Rodrigues. No livro A vida por escrito, ele revela alguns princípios que tem para escolher uma pessoa a ser biografada: ela não pode estar viva; não pode ser fruto de uma encomenda de familiares; ele precisa ter uma vivência mínima com o universo que se propõe a explorar e que a trajetória a ser contada tenha sido minimamente agitada, com picos e quedas e não apenas estável. O que te motivou a escrever e pesquisar sobre Paulo Leminski. O que te levou, o que te motivou a escrever e pesquisar sobre Paulo Leminski?
O convite para fazer o Roteiro Literário – Paulo Leminski veio em 2017. A Biblioteca Pública do Paraná estava completando 160 anos e estava querendo desenvolver um projeto editorial que seria um convite para a visitação da obra de grandes autores paranaenses, que é a coleção Roteiro Literário. O convite veio através da Biblioteca Pública, pelo Miguel Sanches Neto. Quem coordenou toda a feitura do livro e ajudou bastante foi o Marcio Renato dos Santos. Eles entraram em contato e pensaram no meu nome para fazer o volume sobre o Leminski. A ideia é que a primeira parte do livro fosse para situar o autor paranaense na cena literária do estado e do Brasil, dando uma visão geral da relevância estética. Depois, um ensaio de análise das principais obras desse autor, no meu caso, do Leminski, e dos principais eixos temáticos. E depois, um ensaio sobre os lugares, os hábitos, os recursos de linguagem ou temáticas que identificavam o Leminski e o que faziam referência ao universo paranaense. Tive total liberdade para escrever o livro, mas tentei seguir, mais ou menos, essas indicações à risca. E o resultado acabou sendo o roteiro literário Paulo Leminski. A ideia também era que o autor de cada livro fizesse uma apresentação em primeira pessoa, falando de mim mesmo, no caso, e também colocando vínculos, vínculos com o escritor, no caso, que eu conheci, que foi o Leminski. Foi esse o convite que me foi feito e eu claro que eu topei no ato, mesmo porque eu sentia que cedo ou tarde eu ia ter que escrever um ensaio de fôlego sobre Leminski, que influenciou tantos poetas e que já há duas gerações influencia com sua obra os leitores. Então é isso, eu tive bastante liberdade e independência, acabei mergulhando no livro, demorando mais do que eu tinha imaginado. Era para terminar em três meses, acabei levando quase oito, e o livro acabou sendo um dos três vencedores na categoria Ensaio Literário do Prêmio da Biblioteca Nacional, em 2018. E o interessante é que ele foi reeditado há dois anos pela editora Cotter, de Curitiba, e com o título Foi Tudo Muito Súbito, um ensaio sobre Paulo Leminski. É uma edição ampliada, revisada, que tem inclusive uma entrevista que eu fiz com ele quando a gente se conheceu, em 1983, na primeira casa dele no Pilazinho, inclusive.
Ruy Castro fala, neste livro que eu citei, que não é obrigatório que se tenha tomado um cafezinho com o biografado, mas que conhecer o universo que o ronda, o contexto por trás, é bem importante (muito embora Rui Castro tenha, sim, tomado um café com Nelson Rodrigues). Rodrigo, o Toninho Vaz, foi biógrafo do Leminski e ele disse que “é possível compará-lo com a aparição de um disco voador – quem viu Leminski não consegue esquecer”. No seu caso, foram inúmeros os encontros com ele, inclusive, você esteve com ele na ambulância, quando ele foi levado para o hospital pouco antes da sua morte. Conta pra gente um pouquinho da sua relação com Leminski.
Eu poderia ficar horas aqui falando sobre o Leminski. É sempre muito um prazer. E vou poder fazer isso nesta Semana Literária. A gente vai percorrer seis cidades. O Felipe Melhado, de Londrina, o Ademir Assunção, de São Paulo e eu. E vamos conversar juntos sobre Leminski. Vou aproveitar e, se tudo der certo, vou lançar o Foi Tudo Muito Súbito nesses eventos. A primeira vez que eu ouvi falar do Leminski, foi ainda na 8ª série, pelas páginas da Folha de Londrina. Depois, em 1982, lembro que saiu uma matéria grande sobre ele na Veja, que eu lia. E aos 15 anos, eu, muito voraz, muito curioso, acompanhava os artigos que Leminski publicava no Folhetim da Folha de São Paulo, uma publicação fantástica que existia. E também as resenhas que ele assinava na Veja. Eu tinha lido um outro poema do Leminski, claro que eu já conhecia o Verdura e o Promessas Demais. O Verdura gravado pelo Caetano e o Promessas Demais gravado pelo Ney Mato Grosso, que foi até tema de uma novela. Em 83, eu com 17 anos, estava no segundo ano de jornalismo, aí me cai na mão aquele livro, Não fosse isso e era menos, não fosse tanto e era quase. Um livro branco, quadradão, com tipografia de máquina de escrever ampliada. Ali comecei realmente a ler mais do Leminski, a poesia dele. E comecei a descobrir alguma coisa nova, diferente, alguma coisa que não era nem diluição de outros autores, como Bandeira, Drummond, e também nem aquela coisa mais porra louca da poesia marginal. E também aquela coisa muito rigorosa da poesia concreta. Ele ocupava um interstício, uma zona de fronteira entre essas correntes que havia e eu achei muito interessante. Depois, claro, eu venho em contato com cada tal, que é um absurdo, que eu achei em alguma república de estudantes lá de Londrina. E aí o Catatau foi uma loucura! Eu estava fazendo Jornalismo na época, e lembro que peguei o ônibus e fui pra Curitiba com a intenção de fazer uma entrevista pra ele de um jornal que não existia, na verdade. Eu lembro que me encontrei com ele por acaso, foi até muito engraçado o encontro, na Livraria Ghignone, ele reclamando porque os livros dele não estavam mais bem expostos e tal. Me apresentei e combinamos um encontro na casa dele e da Alice Ruiz, lá no Pilarzinho, naquela tarde mesmo. Eu fui com o Joel Sampaio, que era um amigo meu, e nós passamos a tarde lá conversando com o Leminski. Foi uma coisa impressionante. Foi um encontro muito marcante pra mim. Ele deixava a gente super à vontade, ao mesmo tempo era super inteligente, super articulado, extremamente bem-humorado. Uma figura. Acho que todo mundo que conheceu Leminski deve saber do que estou falando. Depois foram vários encontros ao longo dos anos, em São Paulo, na época que ele morou lá, eu também estava lá; em Curitiba, em Londrina, mas, sobretudo, em São Paulo, em 1988 e em 1989, quando eu trabalhava no Nicolau, em Curitiba, ele já tinha voltado de São Paulo. Às vezes, a gente estava morando nas mesmas cidades. Encontrar com Leminski era sempre um enorme prazer, uma festa. Ele tinha muito essa coisa… todo mundo que conversava com ele, geralmente, ficava bastante impactado, no sentido assim, despertava a vontade de criar nas pessoas. Isso é uma coisa muito interessante. Parece que ele despertava o desejo de criar, seja uma tela, uma música, um livro, qualquer coisa. Então ele tinha esse poder não só agregador, como também incentivador nas pessoas. E uma generosidade que a gente não costumava ver muito no meio literário e intelectual. Então, para mim, foi uma revelação.
Rodrigo, o próprio Leminski disse que “biografando é possível viver outras vidas.” Um Polivivente. Como foi seu mergulho na vida e na obra de Leminski para a construção de Foi Tudo Muito Súbito?
Como eu falei, no começo eu achei que fosse terminar o livro em três meses, mas acabei levando bem mais, para ser uma coisa um pouco mais superficial, e eu acabei me empolgando e fiz um mergulho profundo na vida-obra do Leminski. Acabei também fazendo um livro que é um ensaio biográfico, tem um pouco de crítica literária, é um híbrido de ensaio de biografia, ensaio literário, até uma biogeografia também, porque eu falo também dos espaços que ele frequentava na cidade. Quis fazer um livro que permitisse ao leitor não só entrar na cabeça do Leminski, mas da sua vida, do processo criativo, das preocupações, que tivesse a intenção de apresentar a poesia do Leminski, a obra dele, e até mesmo o caráter de defesa. Em defesa da obra dele, já que a obra de Leminski tem sido bastante criticada e muitas vezes é menosprezada por parte da crítica, apesar do enorme sucesso que ele tem entre os leitores. Então, para escrever o livro, eu fui para Curitiba, entrevistei a Áurea Leminski, a Estrela, vários amigos, conversei com muitos fotógrafos que me deram bastante material para poder incluir fotos do Leminski no livro, tem muitas, e outras pessoas que eu agradeço no livro. Acima de tudo, achar muitos arquivos que eu não conhecia, arquivos que eu já tinha, de pesquisas minhas anteriores, na Biblioteca Pública do Paraná, mas as coisas que estavam também com a Áurea e também que estavam no site do Leminski, que eu usei bastante, o arquivo Paulo Leminski, que acho que não está mais no ar, foi uma fonte de pesquisa super importante que eu usei. Então é isso, costumo dizer que o livro é um híbrido de ensaio biográfico, de crítica literária, e ele permite, sim, esse mergulho dentro da obra do Leminski, do pensamento do Leminski. É um livro que me deu bastante prazer de fazer. No caso do Leminski, essa questão da vida e da obra acabam sendo quase que fundidas, porque ele fazia essa fusão de arte e vida no último grau possível dentro da obra dele. Não só um poeta vitalista, mas vida e arte são quase que sinônimos no dicionário do Leminski.
Rodrigo, Pelé recentemente foi eternizado na Língua Portuguesa e virou verbete, sendo sinônimo de “quem é fora do comum”. Assim como Caetanear refere-se a alguma inovação na área musical, Paulo Leminski, não é encontrado em nenhum dicionário, mas poderia ser um verbo: Leminskiar, e se eu pudesse dar um sinônimo para este verbo, seria exercer algo de maneira extraordinária, ser um autêntico inquieto cultural. Ele falava oito idiomas, era faixa preta e professor de judô, dominava diversas linguagens, foi jornalista, publicitário, tradutor, poeta, músico, compositor, boêmio, transgressor e autêntico. Quem foi este inquieto cultural que viveu apenas 44 anos?
Leminski era esse criador múltiplo, que se desdobrou em múltiplas artes e namorou várias formas poéticas, da crônica, o romance, o ensaio, a poesia, mas ele foi, acima de tudo, um poeta. E você falando do nome Leminskiar, acho que Leminskiar, para mim, seria esse nome de provocar, de experimentar, de criar beleza, de tornar o ordinário o extraordinário e vice-versa.
Mas é interessante que talvez não tenha escapado para o Leminski, que adorava dicionários, etimologias, anagramas, o fato de que o nome e o sobrenome dele soam muito com a palavra polémos, em grego. Polémos, em grego, é polê, é guerra, combate, conflito. Tem o título de um livro dele que se chama Guerra Dentro da Gente. Talvez isso reforce um pouco essa suposição. Mas o fato é que o Leminski sempre gostou de uma boa polêmica para tonificar os músculos, como ele dizia, as ideias. Poleminskiar, eu diria. E também pode remeter a polinizar, algo que ele fez com a obra dele. O mais incrível é imaginar que ele tenha feito tanta coisa em tão pouco tempo, ter morrido tão cedo, aos 44 anos. A gente fica sempre imaginando o que ele estaria falando, pensando, escrevendo hoje, se ele estivesse vivo.
Eu encontrei na edição de 16 de novembro de 1985 do Correio de Notícias um artigo do Leminski falando sobre a qualidade do jornalismo cultural produzido em Londrina e onde ele fez uma menção especial a você e ao Ademir Assunção, que também estará conosco na Semana Literária. Leminski se referiu a você como “um dos mais notáveis poetas paranaenses da safra novíssima” e sobre não economizarem artilharia na hora da qualidade. Ele concluiu dizendo que seria vital que essa experiência continuasse. Com cada vez menos veículos impressos, menos cadernos culturais, menos cronistas e críticos, ainda há espaço para o jornalismo cultural no Paraná? O que você ressalta de melhor que tem sido feito nesta área?
Acho que o jornalismo cultural no Brasil em geral está muito, muito mal, muito fraco, muito superficial, pautado pelas pautas do momento. Não tem mais crítica séria há muito tempo. Virou um grande oba-oba, tudo virou produto. O leitor virou produto, o autor virou produto. Eu poderia lembrar que no Paraná, entre os poucos que eu acho que ainda resistem a fazer jornalismo literário ou jornalismo cultural. A gente fez muito tempo isso, 12 anos com a Coyote, que eu editava junto com Ademir Assunção e o Marcos Losnak, e teve outras revistas também históricas no Paraná, além do Jornal Nicolau, que eu já editei. Mas hoje em dia, muito pouco. Tem o Rascunho ainda, que é editado pelo Rogério Pereira. Tem iniciativas como o Relevo, totalmente independentes. Aqui e ali tem alguma coisa num jornal, num site como o Plural, e alguns canais no YouTube destinados à literatura, como o Livrada, do Yuri Al-Hanati, mas muito pouca coisa, a não ser que eu esteja totalmente por fora. Tirando isso, fala-se de literatura paranaense ou alguma coisa assim, blogs de escritores paranaenses, e eu acabo sabendo muita coisa também através das redes sociais, que é o que muita gente faz hoje em dia, acaba sabendo de informações pelas redes.
Rodrigo, quando classificamos Leminski como um multiartista e plural não é ao acaso. Entre as tantas linguagens que ele dominava, a musical estava entre elas. Ele foi compositor de mais de 100 músicas, que foram gravadas e interpretadas por Caetano Veloso, Guilherme Arantes, Arnaldo Antunes, Ney Matogrosso, Paulinho Boca de Cantor, Zélia Duncan, Blindagem, Moraes Moreira e Ivo Rodrigues. Ele chegou a dizer que apesar destas inúmeras parcerias, foi quando Angela Maria gravou uma música que ele escreveu para ela que alcançou a glória. Fala pra gente sobre esta vertente de Leminski e o impacto dela para a música popular brasileira.
Novamente, o Leminski foi mais um dos poetas do seu tempo que não resistiu à tentação da canção. Ele faz muito esse trânsito entre poesia escrita e canção, a literatura e a poesia som. E isso também acontece na obra de outros poetas importantes da geração dele, que são também letristas, como Antônio Cícero, Waly Salomão, Jorge Mautner, Alice Ruiz, Cacaso, Torquato Neto e tantos outros. É importante falar, antes de falar da canção do Leminski, ressaltar que a poesia dele explora a melodia, que é a musicalidade, a cadência das palavras, a música das palavras. Ela já faz isso naturalmente, essa trama dos sons e significados. É uma poesia que se aproxima muitas vezes da música, embora por um outro lado se aproxime da poesia concreta, em outros momentos se aproxima da música. Eu acho que embora ele já tivesse um pé na música, na metade dos anos 70, com as suas parcerias com a Chave, com o pessoal de Curitiba do rock, eu acho que a canção virou obsessão mesmo no começo dos anos 80. A partir das parcerias que ele faz com o Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, com a gravação do Verdura pelo Caetano Veloso em 81, no disco Outras Palavras, e na linha do folk rock, tem as canções que ele fez com Blindagem, O Marinheiro, feito com Ivo Rodrigues, outras como Valeu, com Paulinho Boca de Cantor, Mudança de Estação, Promessas Demais, do Moraes Moreira e Zeca Baleiro, que foi interpretado pelo Ney Mato Grosso, tema de abertura de uma novela das seis, da época, chamada Paraíso, da Rede Globo. Ou seja, o Leminski tem o songbook dele, que a Estrela organizou em 2015, tem 109 canções. Então ele tem canções muito interessantes, que ele fez com vários autores. Posso dizer que ele é um autor que continua, um poeta que continua influenciando os músicos hoje porque volta e meia você vê alguém musicando um poema do Leminski. Então ele tem essa atração também do pessoal da música que eu acho bastante interessante. Inclusive o mesmo poema musicado por mais de uma pessoa, três vezes às vezes. Então eu acho que apesar do pouco tempo de vida, 44 anos, ele deixou algumas canções inesquecíveis e também fez a cabeça de muita gente que trabalha com música no país.
Você é músico, compositor e na nossa Semana Literária, além da palestra que vai ministrar, vai apresentar o pocket show Além das Estrelas. O que o público pode esperar da sua participação?
Eu vou participar da Semana do Sesc, com essas mesas, com o Felipe Melhado e o Ademir Assunção, falando sobre a obra do Leminski. E depois, nas seis cidades que eu vou fazer, vai rolar um pocket show do meu trabalho, que se chama Além das Estrelas. E eu acho que vai ser a chance de poder mostrar esse trabalho novo, com voz e violão. Já faz muito tempo que eu não me apresento em público, então vai ser uma oportunidade interessante de eu poder mostrar para o público o que eu estou fazendo. O título é o nome de uma canção recente, uma valsa jazz, que é também o título do álbum que eu quero lançar no ano que vem, com músicas inéditas, canções que eu compus desde o Studio Realidade 2011. Vou mostrar algumas canções minhas, apesar de eu não ser um compositor prolífico, eu acho que eu sigo uma tradição de artistas da música brasileira que se especializaram na arte de combinar palavras e música. Eu também tenho isso, além de traduzir, de escrever romance, eu também tenho esse lado do meu trabalho que, embora não componha muito, eu tenho a minha pesquisa particular com a música. E ali eu faço as minhas misturas, os meus diálogos entre a canção brasileira e o jazz e outras tradições, até mesmo as tradições como o funk, o rap, o blues. E são canções de vários estilos. Tem o funk, que é o Sol e Ventania. Tem a balada, que é a Frente Fria. Tem o bolero. Tem o tango, uma música chamada Tango. Tem o reggae, que é o Proletário. Ou seja, o show pretende isso, unir a linguagem da música e a música da linguagem. Vai ser tipo um ensaio pra testar muitas músicas que eu compus e não mostrei ainda pra ninguém.
Ouça AQUI o episódio do Janela Cultural com Rodrigo Garcia Lopes:
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