Espetáculo de dança: Rosnando para a sombra, com a Cia do Terno de Dança-Teatro

04/05/2025 | 17h às 17h50

Sesc Londrina Cadeião

Rosnando para a Sombra traz imagens insólitas compostas a partir da devoração de cenas criadas no encontro de artistas da cena envolvidos, quando revisitam, cada um, sua trajetória artística. Essas imagens se desenham no espaço da cena e desaparecem diante da plateia. Passado e presente se reconfiguram quando corpos atrizes/atores realizam cenas que já foram encenadas. No processo de treinamento, que se alimenta de criações e recriações, cada artista esculpe seu próprio corpo vivo. Trabalho composto a partir do estudo técnico-corporal que lida com a construção individual da atriz-dançarina/ ator-dançarino, a partir de princípios técnicos apreendidos em grupo e experenciados por Ana Karina Barbieri, Gustavo Checon, José Silva e Xei Villela. Neste projeto, compartilham o mesmo vocabulário com princípios técnicos da dança contemporânea: rolamentos, reversões, quedas livres, desmoronamentos e decupagem/trabalho com articulações. O espaço e a cinética são os elementos básicos de construção, que demonstram uma engenharia do corpo no trabalho com o espaço da cena. Entre a dança e o teatro, uma síntese imagética. 

Sobre o grupo: a “Cia do Terno de Dança-Teatro” nasce de um encontro de artistas e pesquisadores. A atriz-criadora Ana Karina Barbieri é bacharela em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina. Durante a graduação se aproximou do Prof. Dr. Aguinaldo Moreira de Souza, e integrou os grupos Cia L2 e Companhia do-Santo, ambas com trabalhos dirigidos pelo professor. João Mosso e Carol Vaccari, também bacharéis em artes cênicas, são contemporâneos de curso e seu encontro teve desdobramentos em diversos trabalhos a partir daí. O grupo se reuniu nessa configuração, em princípio, para trabalhar na criação e apresentações do espetáculo “Na Gaveta de Baixo”, em 2018. Da continuidade do trabalho, encontros, viagens, este primeiro projeto culminou na formação de um coletivo. Um diretor que é bailarino, ator, professor; uma atriz que é produtora; uma atriz que é iluminadora e também produz; um ator, que também ilumina e dirige, mas que aqui é sonoplasta, ou ator-sonoplasta… ou, ainda, um “direator” que toca vídeos. De trocas e diálogos as linguagens confluem. De teatro, dança, mídias, memórias, lembranças, ternura e risco existe o grupo. Em 2022, a Cia do Terno estreia seu segundo espetáculo, “As Três Marias” e resgata a performance “Instruções para chorar”, que Aguinaldo de Souza apresenta há mais de uma década.