15/05/2025 | 19h às 21h
Sesc Londrina Cadeião
O início da década de 2010 foi marcado por um grande fluxo de migração haitiana para o Brasil. Nesse processo, o Paraná foi um importante estado na acolhida desses migrantes, principalmente os municípios Londrina, Maringá e Pato Branco. Muitos desafios foram vivenciados pelos migrantes. Se, por um lado, havia uma garantia de permanência no país, por outro, hostilidade e preconceito. Por conta disso, muitas instituições da sociedade civil (igrejas e instituições educacionais, por exemplo) passaram a promover campanhas de acolhida, além de tentarem conscientizar a população brasileira para as questões pertinentes à identidade e à cultura haitiana.
O debate proposto pelo professor Giovani Giroto provoca reflexões sobre a necessidade de conhecermos a história do Haiti, de tecermos reflexões sobre as condições do povo haitiano, sobre o processo de colonização e escravização, sobre a libertação e independência do Haiti, sobre os governos ditatoriais e internacionalização política, as catástrofes naturais e crises sanitárias. Depois, pensarmos nos impactos e nos reflexos da migração para o Brasil, as políticas, o racismo e a xenofobia, a inclusão cultural e educacional. Enfim, conhecermos os processos migratórios que compõem nosso país, já que é por meio do conhecimento que se torna possível a humanização de povos migrantes.
Tratar dessa temática em uma cidade como Londrina, que foi colonizada e mantém estruturas culturais anda colonizadoras, é importante para repensarmos nossa formação.
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Giovani Giroto é doutorando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Estadual de Maringá; pesquisador Bolsista vinculado à Capes; mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2020). Possui graduações em Filosofia e em Pedagogia, além de especialização em docência.
É membro do Projeto de Extensão “A inserção dos imigrantes em território maringaense” (UEM), também do Comitê gestor de Política dos Imigrantes e Refugiados (UEM), da Comissão de Migração e Refúgio da Cáritas Maringá. Atua principalmente nos seguintes temas: Formação de Professores, Novos Fluxos Migratórios, Diáspora Haitiana, Refugiados e Migrantes em situação de vulnerabilidade e com direitos violados no Brasil, processos de escolarização de crianças migrantes, políticas de inclusão de migrantes na educação superior brasileira, Educação Antirracista e Antixenófoba.
