A linguagem literária, através de seu forte apelo estético, amplia as possibilidades de fuga dos padrões convencionais de uma língua e a consequente invenção de novas maneiras de expressão. É o que observamos na escrita de autores como José Saramago, Manoel de Barros, Valter Hugo Mãe e Machado de Assis, que apresentam – apesar das distâncias geracionais – estilos próprios e inventivos. Assim como a literatura, outras linguagens artísticas, tais como a pintura, o cinema e a fotografia podem ser potentes ferramentas de construção de narrativas, capazes de arrojar a criatividade e, através de ações audaciosas, transformar o mundo.
Mauro Guidi-Signorelli escreve em português, inglês e francês, sempre com sotaque. Seu trabalho em português foi finalista dos prêmios Sesc, Mario Quintana e Academia Fluminense de Letras. Em inglês, alguns dos seus contos foram publicados nas revistas americanas Apple Valley Review, AGNI e Southwest Review. Em francês, ele acaba de receber a bolsa Brouillon d’un Rêve Littéraire de 2019. Nascido em Piracicaba, São Paulo, Guidi-Signorelli viveu mais de 10 anos na França, onde estudou e trabalhou como engenheiro. Hoje ele divide seus dias entre a roça de café da família, no sul de Minas Gerais, e uma carreira promissora como babá de gatos, na Europa. Quando não está cuidando de café ou gatos, ele escreve. E gosta.
Raimundo Neto é escritor e crítico literário. Vencedor do prêmio da Biblioteca Pública do Paraná (BPP) com o livro de contos Todo esse amor que inventamos para nós.
Maria Fernanda Elias Maglio é escritora e trabalha como defensora pública. Foi finalista do Prêmio Sesc de Literatura em 2016 e 2017. Ganhou o 60º Prêmio Jabuti, em 2018, na categoria Conto, com seu primeiro livro, Enfim Imperatriz.