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Cultura: Teatro
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Sesc Maringá recebe espetáculos da 27ª edição do Palco Giratório

Em agosto, setembro e outubro, o público assistirá a espetáculos de teatro, dança e circo que estão circulando pelo país em 2025

Companhias de teatro, dança e circo de sete estados brasileiros passarão pelo palco do Sesc Maringá  em agosto, setembro e outubro para apresentações da 27ª edição do Palco Giratório – o maior projeto de itinerância de artes cênicas do país.

Maringá é uma das 96 cidades escolhidas para receber espetáculos do projeto, que neste ano homenageia o circo por meio da Escola Pernambucana de Circo, um projeto social com forte impacto na periferia de Recife, e da líder da companhia há 27 anos, Fátima Pontes – referência na arte circense do Brasil, além de atriz, pesquisadora e dramaturga.

A primeira apresentação, No Armário Não Cabe Ninguém, será realizada na sexta-feira (29/8), às 16h, pelo Grupo de Pesquisa em Teatro para Infância GPeTI, de Curitiba. Com bonecos e objetos manipulados, o público é convidado a um mergulho no imaginário infantil. O espetáculo conta a história de Pi e Tatá: dois monstros que vivem rotinas repetitivas e tediosas. Embora recheado de diversão e ludicidade, a peça também promove diálogos e reflexões sobre relações de parentalidade, tolerância e a convivência com a diferença.

No sábado  (30/8), às 16h, é a vez da Trupe do Experimento, do Rio de Janeiro, subir ao palco para apresentar Da Janela – um espetáculo teatral infantil que mostra o nascimento da amizade entre três crianças: Malu, Cadu e Nina. Nos dois espetáculos de agosto haverá presença de intérpretes de Libras.

Em setembro, Ozindormais apresentam o espetáculo Umbigo e, nos sábado de outubro, o público poderá acompanhar os espetáculos Circo Science – Do Mangue ao Picadeiro, com Escola Pernambucana de Circo; Biblioteca de Dança, com Dimenti Produções Culturais; Itan e Tal, com Grupo Baquetá e, Parto Pavilhão, com Aysha Nascimento, Naruna Costa e Jhonny Salaberg.

Os ingressos para os espetáculos são gratuitos, limitados e podem ser retirados na Central de Relacionamento com o Cliente do Sesc Maringá, uma hora antes das apresentações.

Palco Giratório

Desde 1998, o Palco Giratório se firma como um dos mais potentes projetos de circulação, intercâmbio e formação de plateias do país. Reconhecido por sua abrangência e pela capacidade de levar ao público o que há de mais pulsante nas Artes Cênicas brasileiras, o projeto transforma a cena cultural nacional ao colocar em movimento espetáculos de múltiplos gêneros e sotaques, atravessando o país com poesia, crítica, encantamento e pertencimento.

Em 2025, 16 grupos compõem a programação nacional, trazendo ao público propostas que vão do humor à poesia, do teatro à dança, da performance ao universo infantil, com destaque para o circo. Os temas abordam as raízes dos povos ancestrais, espiritualidade, relações familiares, inclusão social e os desafios contemporâneos, revelando a potência política e transformadora da arte.

Confira a programação e a sinopse das peças

AGOSTO

29 de agosto (sexta-feira), às 16h – no Teatro do Sesc Maringá

Espetáculo: No armário não cabe ninguém, com GPeTi

Gênero: Teatro de bonecos|Infantil

Indicação: a partir de 6 anos

Com bonecos e objetos manipulados, o público é convidado a um mergulho no imaginário infantil. O espetáculo conta a história de Pi e Tatá: dois monstros que vivem rotinas repetitivas e tediosas. Embora recheado de diversão e ludicidade, No armário não cabe ninguém também promove diálogos e reflexões sobre relações de parentalidade, tolerância e a convivência com a diferença.

O GPeTI – Grupo de Pesquisa em Teatro para Infância, sediado em Curitiba (PR), nasceu em 2020 do interesse de pensar e produzir teatro contemporâneo para crianças no Brasil, tendo como norteadores, nas pesquisas e produções da companhia, os pilares: A infância como alteridade; A arte-educação; E a inclusão, a acessibilidade e a diversidade.

No armário não cabe ninguém | Crédito imagem: Divulgação

29 de agosto (sexta-feira), às 19h – Teatro do Sesc Maringá

Pensamento Giratório: A criação dramatúrgica a partir de uma construção acessível e poética

Grupos: Trupe do Experimento (Rio de Janeiro) e GPeTI (Curitiba)

Público-alvo: artistas de teatro, professores, estudantes de artes cênicas, estudantes de Ensino Médio e Superior e demais interessados na temática

Classificação etária: 18 anos

A criação dramatúrgica a partir de uma comunicação acessível e poética.  O objetivo é trocar com a plateia a partir de sua experiência como espectadores e a nossos desafios na pesquisa da inserção dos recursos de acessibilidade como linguagem cênica, incorporando os recursos externos na construção de um teatro de comunicação acessível a todas as pessoas.

30 de agosto (sábado), às 16h – no Teatro do Sesc Maringá

Espetáculo: Da Janela, com Trupe do Experimento

Gênero: Infantil

Indicação: Livre

A montagem tem o brincar como ferramenta de descobertas e insere a plateia no espetáculo ao mostrar o nascimento da amizade entre três crianças: Malu, Cadu e Nina. No decorrer do espetáculo, descobrem afinidades e, ao final, convidam o público: “Você quer ser meu amigo?”

A Trupe do Experimento, do Rio de Janeiro (RJ), é uma das principais companhias de repertório com pesquisa voltada, exclusivamente, ao teatro para a infância e a juventude. Fundada em 2006, tem sete espetáculos em repertório que, juntos, já ganharam cerca de 60 prêmios em festivais por todo o Brasil. 

Da Janela | Crédito imagem: Renato Mangolin

SETEMBRO

27 de setembro (sábado), às 19h – no Teatro do Sesc Maringá

Espetáculo: Umbigo, com Ozinformais

Gênero: Dança Contemporânea – Adulto

Indicação: 14 anos

Umbigo é uma experiência corporal e espiritual, além de ser um convite ao público à reflexão sobre herança cultural e o lugar de cada um no fluxo contínuo e infinito da história. Os corpos dançantes dos bailarinos criadores do espetáculo, Jal Oliveira e José Marcos dos Santos, entrelaçam tempos e tradições, construindo uma fusão ancestral e contemporânea. Neste movimento, o umbigo se estabelece como símbolo e como portal – o elo que conecta passado, presente e futuro; o vínculo entre o corpo e a terra, entre o indivíduo e o coletivo. 

Ozinformais foi fundado em 2003, em Maceió (AL), e com mais de duas décadas de atuação ininterrupta, foram realizadas apresentações em bares, ruínas, ruas, palcos convencionais e até em trens. Suas ideias ganharam maturidade com o tempo e as encenações, transformando o grupo numa forte voz do teatro alagoano com suas montagens manifesto.

Umbigo | Crédito imagem: Divulgação

OUTUBRO

4 de outubro (sábado), às 17h30 – no Teatro do Sesc Maringá

Espetáculo: Circo Science – do Mangue ao Picadeiro, com Trupe Circus – Escola Pernambucana de Circo

Gênero: Circo

Indicação: Livre

O espetáculo é uma grande homenagem ao ícone pernambucano da cultura pop dos anos 1990 e 2000, Chico Science, que, com o Movimento Manguebeat, mudou o cenário da música brasileira. Por meio dos números circenses, das coreografias, das expressões, da nossa militância, o público conhece ou revive sucessos do Mestre Chico Science e dos ritmos mais atuais do momento – o que as periferias escutam, o que dançam, o que vestem, como se movimentam, como se definem, como se mostram e querem ser reconhecidos.

A Trupe Circus é composta por jovens negros e negras, pardos e pardas, mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ e periféricas que se formaram desde crianças na Escola Pernambucana de Circo e hoje são artistas circenses profissionais. 

Circo Science | Crédito imagem: Maker Midia

11 de outubro (sábado), às 9h – no Teatro do Sesc Maringá

Espetáculo: Biblioteca de Dança, com Dimenti Produções Culturais

Gênero: Dança/Performance

Indicação: Livre

Biblioteca de Dança é uma biblioteca humana e coreográfica. Os artistas estão disponíveis por algumas horas, transformando seus corpos em “livros vivos” para compartilhar com o público memórias ligadas a danças que marcaram suas vidas e seus contextos. Ao redor das mesas, são construídas histórias por meio de gestos, movimentos, palavras, conversas e afetos. Cada artista-livro ocupa uma das mesas da biblioteca e oferece ao público suas cenas-capítulos, com duração média de 15 minutos cada. 

O espetáculo é apresentado pela baiana Dimenti Produções Culturais – uma plataforma de criação artística e de produção cultural envolvida com dança, teatro, audiovisual, literatura, formação e curadoria.

Biblioteca de Dança | Crédito imagem: Jorge Alencar

18 de outubro (sábado), às 16h – no Teatro do Sesc Maringá

Espetáculo: Itan e Tal, com Grupo Paquetá

Gênero: Musical/ Teatro Afro-indígena / Teatro para as infâncias

Indicação: Livre

Nina, uma menina pretinha, adora brincar e cantar. Quando ela inventa um jogo chamado Mundo Invertido das Palavras, descobre que seu nome ao contrário é itaN. Ela inicia uma profunda jornada em busca do significado desta palavra, encontrando sua história afro-indígena, por meio de uma viagem ao passado e ao futuro.

O espetáculo é interpretado pelo curitibano Grupo Paquetá, composto por pessoas negras e indígenas, com o compromisso de construir coletivamente contextos que instiguem reflexões e entendimentos que promovam o respeito à diversidade, sobretudo étnico-raciais, por meio de produções que mesclam música, teatro e dança afro-indígena.

Itan e tal | Crédito imagem: Divulgação

25 de outubro (sábado), às 19h – no Teatro do Sesc Maringá

Espetáculo: Parto Pavilhão, com Aysha Nascimento, Naruna Costa e Jhonny Salaberg

Gênero: Teatro

Indicação: A partir de 14 anos

Rose, ex-técnica de enfermagem e detenta de uma penitenciária provisória para mães, ajuda as mulheres nos partos, nos cuidados com os filhos e a suportar o peso dos dias dentro das celas. Foi mãe dentro da penitenciária e conhece o cotidiano e os segredos desse labirinto. Aos poucos ganha a confiança de todo o pavilhão e da diretora do presídio, com quem tricota roupinhas de lã para os bebês quase todas as tardes. Tudo muda quando, durante um jogo da seleção brasileira, ela pega um molho de chaves em uma gaveta aberta.

O espetáculo é apresentado pela atriz, dançarina, diretora de teatro, curadora e preparadora corporal, Eyshila Nascimento; pela atriz, cantora, compositora e diretora de teatro, Naruna Costa, e pelo ator e dramaturgo Jhonny Salaberg.

Parto Pavilhão | Crédito imagem: Noelia Najera