Como preparar crianças e adolescentes para serem felizes também fora das telas? Essa foi a pergunta central de mais uma edição do Família Conectada, ação do Ensino Médio Integrado ao Técnico Sesc Senac, que tem com o objetivo aproximar famílias e escolas e promover práticas educativas mais conscientes, afetivas e alinhadas com os desafios da atualidade. Com edições itinerantes, o encontro desta vez foi realizado presencialmente na unidade de Jacarezinho e transmitido ao vivo para outras 10escolas do Sesc Senac no Paraná, envolvendo famílias, estudantes, educadores e equipes pedagógicas de todo o estado.
O evento contou com a mediação do professor Vinicius Ferreira, docente de Filosofia e Sociologia do Ensino Médio Integrado em Jacarezinho, e teve início com vídeos de boas-vindas gravados pelos diretores regionais do Sesc e do Senac, Carlos Alberto De Sotti Lopes e Sidnei Lopes de Oliveira. Sidnei reforçou a importância do diálogo contínuo entre escola, família e responsáveis, e Sotti destacou o papel essencial do projeto como um espaço de escuta e troca sobre os desafios da adolescência.
O ponto alto do evento foi a palestra com Roberta e Taís Bento, mãe e filha, especialistas em educação e fundadoras da plataforma SOS Educação, com o tema: “Como educar nativos digitais para serem felizes no mundo real”. A conversa trouxe reflexões sobre os desafios contemporâneos da parentalidade em um mundo hiperconectado, com excesso de estímulos e pouca escuta. Roberta e Taís explicaram que, diante de tantas mudanças e da falta de referências anteriores, é natural que os pais sintam dificuldades em educar.
Durante a live, o público pôde participar com perguntas. Uma delas questionava quais seriam os principais pontos que os pais devem priorizar no cotidiano com seus filhos. As especialistas apontaram quatro pilares fundamentais para ajudar os adolescentes a construírem uma rotina mais saudável e equilibrada: como a escolha de uma atividade física, ter uma rotina de sono adequada, ter tempo para os estudos e lição de casa, além das responsabilidades no convívio familiar dentro de casa.
Segundo Taís, essas práticas auxiliam no desenvolvimento da autonomia e da personalidade, aspectos centrais da adolescência. Muitas vezes essa busca por autonomia pode ser confundida com rebeldia ou conflitos de temperamento, mas faz parte de um processo natural de crescimento. Para implementar essas ações deforma leve e eficaz, sem gerar conflitos ou distanciamento, Roberta sugeriu que os pais combinem e negociem com seus filhos, construindo juntos essa nova rotina. “É importante encontrar um meio-termo para cada uma dessas atividades. Dê opções, negocie os horários e, uma vez combinada a rotina, é papel dos pais garantir que ela aconteça”, explicou.
Assista à live completa pelo canal do YouTube do Sesc PR.