O ator, diretor e escritor Vinícius Piedade apresentou nesta sexta-feira (13) e sábado (14), o monólogo Cárcere, nos teatros do Sesc Maringá e do Sesc da Esquina.
O espetáculo, que já percorreu 17 países, retrata um pianista encarcerado, privado de sua liberdade e de seu piano. Às vésperas de uma rebelião, ele divide com o público – e com seu diário – expectativas, memórias e reflexões sobre o aprisionamento e a morte, de forma poética. A peça revela a arte como forma de resistência.
Cárcere surgiu a partir de experiências do ator em apresentações dentro de penitenciárias. “Quando estamos em liberdade não pensamos muito sobre ela, só somos livres. Tive a oportunidade de apresentar outros espetáculos em cadeias e presídios e, como nesses espaços eu não levava nada para me apresentar, esta peça não poderia ter cenário, teria que ser um pouco simples e buscar nesta simplicidade a poética e a conexão com o público”, pontuou Piedade.
O ator também confessou que mesmo tendo se apresentado em tantos teatros pelo mundo, o Teatro Sesc da Esquina é um dos que ele mais gosta. “O Teatro Sesc da Esquina é o meu preferido no mundo, ao lado do de Tondela, em Portugal. Pela acústica, pela relação palco-plateia. É um luxo estar aqui”, afirmou. Piedade também ressaltou a importância do Sesc para a cena artística: “O Sesc viabiliza espetáculos que dificilmente poderiam ser realizados apenas com bilheteria. Para mim, essas duas apresentações no Paraná foram muito significativas em 2025.”