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Paraná
Saúde e Alimentação: Espaço Sesc Saúde
Saúde e Alimentação: Espaço Sesc Saúde

Sesc PR difunde campanha do Agosto Lilás voltada ao combate à violência contra mulheres

Sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006) foi um passo importante para o combate à violência contra as mulheres no país. Foi com referência a ela que a campanha Agosto Lilás ganhou espaço e ampliou o discurso Brasil afora sobre a importância de dialogar sobre este tema.  

O Sesc PR e a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG) promoveram no dia 25 de agosto a palestra “Marcas invisíveis – Um olhar sobre os obstáculos e consequências invisíveis da violência, na vida das mulheres ao nosso redor, e o impacto silencioso na sociedade”. A ativista, empreendedora social e criadora do grupo Batom, Larissa Hack, foi convidada para abordar o assunto no Teatro do Sesc da Esquina, em evento gratuito, também transmitido ao vivo pelo canal do Sesc PR no Youtube. 

É a primeira vez que um evento como esse acontece nesse espaço e isso é um grande privilégio e uma grande responsabilidade. É uma pauta urgente e algo que a gente demorou para começar a falar, a ter políticas públicas que olhassem para essas mulheres”, iniciou a palestrante.  

Vítima de violência, Larissa conta que foi além da ressignificação da própria experiência, quando decidiu falar sobre o assunto e não só isso, se tornar empreendedora social a partir de um tema que afeta diretamente a vida de muitas mulheres e famílias do país. “Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) uma a cada três mulheres sofre violência e não pede ajuda, não denuncia, permanece em silêncio. Enquanto não fala sobre isso, quando não abre esse espaço para diálogo, elas não sentem o ambiente seguro para contar”, contextualizou. 

De acordo com a OMS, uma em cada quatro mulheres jovens, entre 15 e 24 anos, já vivenciou a violência de algum parceiro e cerca de 20% das mulheres agredidas fisicamente no Brasil permanecem em silêncio. “A violência doméstica não tem classe social definida, não tem uma definição cultural. Pesquisa do Instituto Patrícia Galvão, 63% de pessoas de classe alta declaram conhecer uma mulher próxima que sofreu agressão do marido. Mas é importante ressaltar que 62% de vítimas de feminicídio no Brasil são mulheres negras”, pontuou.  

Pandemia 

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou recentemente que a violência contra as mulheres é endêmica, pois está presente em todos os países e culturas, causando danos em milhões de mulheres e suas famílias. Ele pontuou que isso foi fortemente agravado pela Covid-19. “E contra essa pandemia não temos vacina. O que existem são pílulas que a gente vai tomando, atitudes tomadas, eventos promovidos por instituições respeitadas, e vocês vão saindo e tomam mais uma dose, e trazem mais uma amiga, e compartilha esse link do Youtube com alguém e vai aos poucos disseminando essa informação”, observou Larissa Hack. 

Durante a palestra, a empreendedora social apresentou o ciclo da violência e compartilhou a experiência que têm obtido nas empresas com o Selo Batom, uma espécie de certificação para as corporações que levam essas informações para suas equipes de colaboradores.  

Presenças 

Acompanharam a palestra o diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Fecomércio PR, Walter Xavier; o diretor da Divisão de Esporte, Lazer e Ação Social do Sesc PR, Marcus Vinicius de Mello; a coordenadora estadual da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios, Claudia Colpi; a presidente da CMEG Curitiba, Luciana Burko; a gerente de Saúde do Sesc PR, Suellen Costa Cristo; o gerente executivo do Sesc da Esquina, Fabricio Braga, e a vereadora de São José dos Pinhais, Fátima de Paula. 

A palestra está disponível pelo Youtube do Sesc PR. Acesse aqui.