Um diretor por mês: Glauber Rocha (14 de março, dia de seu aniversário)
Glauber Rocha (42 anos) / Brasil – Vitória da Conquista – Bahia / 1939
Direção: Glauber Rocha / Classificação Indicativa: LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS DO MUNDO.
Hoje completaria 83 anos um dos mais aclamados cineastas brasileiros de todos os tempos: Glauber Rocha.
Glauber foi ator, escritor, roteirista e cineasta, nasceu em Vitória da Conquista, no dia 14 de março de 1939. Era o filho mais velho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha, que tinham mais duas filhas. Glauber foi criado em um lar religioso, sua família era presbiteriana. Glauber também teve outra irmã, filha de seu pai Adamastor com uma cigana que faleceu no parto, essa foi sua irmã mais próxima.
Lúcia Mendes, sua mãe, o alfabetizou em casa. Em Vitória da Conquista, Glauber estudou em Colégio de Padres. No ano de 1947, mudou-se para Salvador com a família e passou a frequentar um Colégio Presbiteriano.
Morando em Salvador, Glauber começou a escrever, praticou teatro amador, teve seu primeiro contato com o cinema amador e as artes performáticas. Além de ser engajado no movimento estudantil.
Em 1959, ao mesmo tempo em que fazia as filmagens de seu primeiro curta-metragem “Pátio”, ingressou na Universidade Federal da Bahia, no curso de Direito. Sua passagem pelo Direito foi curta, na sequência Glauber teve uma breve carreira no Jornalismo, mas sempre mantendo o foco na sua produção cinematográfica. Na mesma época casou-se com sua amiga e namorada de faculdade, Helena Ignez.
Glauber é considerado um dos artistas brasileiros mais engajados no movimento contracultura. O diretor propunha uma nova forma de enxergar a realidade. Era também um cineclubista ávido, promotor de muitas sessões com debates de cinema.
Anterior a Bravento (1962), seu primeiro longa-metragem, Glauber realizou uma série de curtas-metragens. Seus filmes mais expressivos e de relevância mundial são: “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “Terra em Transe” (1967).
Em 1964, Glauber Rocha lança um de seus mais expressivos filmes, que também é considerado um dos filmes mais relevantes do cinema nacional. O filme “Deus e o Diabo” é o marco do Cinema Novo, movimento do cinema nacional característico das décadas de 1960 e 1970. As produções atreladas a este movimento têm como pano de fundo a desigualdade social, econômica e racial do Brasil. O Cinema Novo tem influência nos movimentos cinematográficos: Neorrealismo italiano e na Nouvelle Vague francesa.
O cinema de Glauber tende a utilizar imagens religiosas em contra posição, e similaridade com a realidade, vivida nos países de terceiro mundo, como no caso do Brasil e de algumas regiões da África.
Glauber Rocha morreu no ano de 1981, na cidade do Rio de Janeiro, aos 42 anos, vítima de uma bactéria no pulmão. O cineasta estava prestes a começar as filmagens de “Império de Napoleão”, com texto em parceria com Manuel Carvalheiro.
Glauber morou grande parte de sua vida adulta em outros países devido ao teor de sua obra.
(Texto Edson Godinho – técnico de Atividades do Sesc Paranavaí)
Março: Especial Glauber Rocha, em homenagem ao mês do seu aniversário
* Um Diretor Por Mês, iniciativa do Sesc Paranavaí, é uma ferramenta de divulgação e indicação de produções audiovisuais para os clientes do Sesc Paraná e público em geral.