Até o ano de funcionamento da primeira máquina de escrever, em 1867, o mundo conhecia apenas a escrita que chamamos de manual, ou “de próprio punho”. Depois de cinco mil anos, considerando a criação do alfabeto pelos sumérios, foram abertas novas oportunidades: o da aplicação da mecânica à escrita. A ideia era a seguinte: um equipamento mecânico equipado com teclas que, quando acionadas, movimentavam tipos, que imprimem as letras e que permitem a escrita de forma dinâmica. A Remington, que antes se dedicava apenas à produção de armas, foi a primeira empresa a investir na produção de uma máquina de escrever, em 1874, já com uma configuração bem próxima do modelo que se tornou popularmente conhecido em todo o mundo. A partir de 1880, as máquinas de escrever passaram a ser adotadas pelo mercado corporativo, em busca da legitimação dos documentos comerciais que eram produzidos em todas as transações. As primeiras máquinas foram as manuais, com acionamento mecânico das teclas. Posteriormente, surgiram as eletromecânicas, com base de funcionamento mecânico, auxiliado por um motor elétrico que permitia ainda maior agilidade na escrita. Depois vieram as eletrônicas, que permitiam também a correção dos erros com fitas corretivas. As máquinas de datilografia foram fundamentais para a atividade de escritórios comerciais desde o fim do século XIX até a popularização dos computadores no fim do século XX. Esta máquina de escrever manual pertence ao acervo da Família Glaser, emprestado ao Museu do Comércio.